Como vender nas redes sociais sem ser invasiva [ social selling com frameworks ]
- Ana Carvalho RP
- há 2 dias
- 4 min de leitura
Atualizado: há 1 dia
Você está no meio da tarde, concentrada no trabalho, quando o celular toca. Número desconhecido. Você atende, e do outro lado vem aquela voz engessada, lendo um script decorado, tentando te convencer a comprar algo que você nunca pediu.
Não importa o que você diga, a pessoa insiste em terminar a fala até o ponto final. Você só quer desligar logo, mas escuta até o final por educação.
Esse é o retrato da venda beeem tradicional: invasiva, padronizada, sem personalização nenhuma.
O problema? Ela já não funciona mais.
Não acompanha a forma como as pessoas se relacionam hoje.
Nas redes sociais, a lógica é diferente.
Para vender nas redes você, você precisa de presença constante. Pode usar segmentação detalhada, mensagens personalizadas e tem, em boa parte das vezes, acesso direto ao tomador de decisão.
Em vez de contatos frios, você cria conexões reais.
Em vez de provas formais, você mostra provas sociais: depoimentos, bastidores, resultados ao vivo. O diálogo deixa de ser engessado e passa a ser consultivo, flexível e personalizado.

E pra navegar bem nessa lógica, quero te apresentar alguns frameworks que podem te ajudar a começar a estruturar seu processo de vendas.
Porque não adianta postar e esperar que a venda caia do céu.
Ter presença digital é importante, mas presença sem estratégia é só barulho.
O que transforma curtida em contrato é a intenção clara: saber quem você quer alcançar, como vai se conectar e qual caminho vai conduzir até a conversão.
Aqui, vou partir da ideia de que você já sabe muito bem quem quer atingir, ok?
Bom, vamos aos frameworks.
Perceba que eles seguem o caminho do funil acima, na ordem. Geração de demanda > Abertura de diálogo > Conversão.
GERAÇÃO DE DEMANDA
1. F.E.T.C.H.
O primeiro passo é aquecer o lead e construir confiança.
Follow → siga os prospects e acompanhe seus movimentos
Engage → interaja em posts, comentários e discussões
Track → monitore interesses, dores e mudanças
Connect → envie convites de conexão contextualizados
Help → ofereça ajuda real (conteúdo, insights, soluções)
A regra é: contexto primeiro, convite depois. Você cria um ponto de contato público (post, comentário, grupo, stories) e usa esse contexto como ponte para a conversa privada.
Mas sempre pedindo permissão explícita, por favor. Ninguém quer ser interrompida no meio do trabalho.
Exemplos de como transformar interação pública em conversa privada
Continuação útil “Se fizer sentido, te mando por DM um resumo + 3 referências que citei aqui. Pode ser?”
Convidar para cocriação “Tô fechando um conteúdo sobre o tema. Posso te enviar 2 perguntas por DM pra citar sua visão (com crédito)?
Ser útil no timing correto “Parabéns pelo novo cargo! Tem 1 checklist que me ajudou muito nessa função. Quer que eu te envie por DM?”
Entregar insights de mercado
“Estou observando determinada tendência em contas como a sua. Quer um spoiler do bench por DM?”
Continuar o conteúdo
“Vi sua resposta na enquete sobre tema. Quer que eu te mande por DM o passo a passo que citei?”
Fazer uma intro, não um pitch
“Acho que você e tal pessoa podem somar em determinado assunto. Te apresento por DM? Sem compromisso.”
Follow-up de grupo/comunidade
"Curti seu ponto no grupo sobre tema. Posso te mandar por DM uma síntese do debate com os melhores links?"
Importante: evite “posso te apresentar nossa solução?” na primeira abordagem. Troque por entregas objetivas e pequenas (print, checklist, 2 slides, links, refs). É isso que torna a DM bem-vinda.
Chegou na DM? Ótimo. Agora é hora de garantir que você está falando com as pessoas corretas, no momento correto. Bora continuar os frameworks.
ABERTURA DE DIÁLOGO
2. BANT (para qualificação rápida)
Nem todo lead merece o mesmo esforço. O BANT ajuda a filtrar quem realmente vale a pena:
Budget (tem orçamento?)
Authority (é decisor?)
Need (tem a dor que você resolve?)
Timing (é o momento certo?)
Ele economiza tempo e foca nos prospects com mais chance de avançar.
3. SPIN Selling (para qualificação consultiva)
Depois do filtro, é hora de aprofundar. O SPIN organiza perguntas estratégicas:
Situation: entender o contexto atual
Problem: identificar dores
Implication: explorar o impacto de não resolver
Need-Payoff: mostrar o valor da solução
Ele transforma curiosidade em consciência da necessidade, preparando terreno para a conversão.
CONVERSÃO
4. 3 SIM (para fechamento simples)
Uma técnica baseada em levar o prospect a uma sequência de pequenos “sins”:
Sim pequeno (validação lógica): “faz sentido o que falamos até aqui?”
Sim intermediário (explorar valor): “quer ver como aplicamos isso em clientes iguais a você?”
Sim grande (ação): “podemos começar este mês com X condições?”
Cada camada reduz resistência e conduz de forma natural até o fechamento.
5. G.R.E.A.T. Closing (para negociações complexas)
Para vendas B2B ou contratos maiores, o G.R.E.A.T. organiza o fechamento consultivo:
Goal: alinhar objetivos
Roadblocks: remover objeções
Evidence: mostrar provas (cases, ROI, dados)
Agreement: validar alinhamento (“faz sentido pra você?”)
Transaction: pedir o compromisso final
Ele garante segurança, clareza e confiança na hora da decisão.
Num mercado onde a atenção vale ouro, quem consegue se relacionar, qualificar e converter com método se destaca e vende.
E que você também consiga isso: menos esforço perdido, mais conversas reais e mais clientes certos no fim do dia. Boas vendas <3
E se você quer aprender a aplicar o social selling na prática, o Workshop Social Selling na Prática é o próximo passo. Um método claro, testado e validado por Mayra Alves, estrategista de vendas com mais de 12 anos de experiência no mercado publicitário de grandes marcas.
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