Social Media Não é Profissão
- Ana Carvalho RP

- 7 de ago.
- 3 min de leitura
Você não é Social Media. Você faz Social Media.
Pesquisa, planejamento, redação, design, mídia, interação, análise de resultado. Sem falar do atendimento, gerenciamento e programação.
São atividades básicas que estão vinculadas à área Social Media.
No início de carreira é normal ser generalista para aprender, mas seguir com esse comportamento prejudica sua saúde mental, um desserviço para o mercado e para sua vida profissional.
E por que eu digo isso? Vou te explicar o porquê.
Prejuízo para sua saúde mental.
Me dei conta que a generalização das funções era um problema quando vi uma pesquisa na Harvard Business Review afirmando que os profissionais de marketing estavam especialmente estressados.
Mais do que a média do que outras áreas. Fiz (na verdade, todo ano faço) uma pesquisa pelas minhas redes para saber se as pessoas concordavam e quais seriam os principais motivos para isso acontecer.
Foi praticamente unânime: as pessoas que já se sentiram esgotadas, estão sobrecarregadas.

Desserviço para o mercado.
Com a falta de resultado vem a desvalorização da área. Com a desvalorização da área vem a baixa remuneração.
Qual a solução para tudo isso?
Na minha cabeça, parece simples: recebeu um briefing que não consegue executar de forma integral muito bem? Manda uma mensagem para aquele seu amigo especialista de outra área e divide com ele o trabalho.
E sabe por que as pessoas não fazem isso?
Porque têm medo de perder dinheiro. Percebe o ciclo vicioso?
Enquanto você não aprender a se portar como profissional especialista ao invés de generalista, vai continuar trabalhando infeliz sem resultados, sobrecarregado e o mercado inteiro desvalorizado.
Quando você compartilha o trabalho com outras pessoas, duas coisas vão acontecer:
Você vai criar uma rede do bem e aquela pessoa que você chamou hoje vai te chamar amanhã Você vai ganhar mais tempo e pode aproveitá-lo de diversas maneiras.
Estudando e se especializando mais naquilo que gosta de fazer, procurando novos trabalhos ou, de repente, até fazendo nada.
É importante descansar para não cairmos no famigerado burnout.

Desserviço para sua vida profissional.
Já ouviu falar no Efeito Halo?
É um estudo da psicologia que justifica que a primeira impressão é a que fica. Edward Lee Thorndike, lá por 1920, investigou esse fenômeno e concluiu que "depois de criada uma primeira impressão global sobre uma pessoa, temos a tendência para captar as características que vão confirmar essa mesma impressão".
Vamos supor que você é uma boa redatora.
Se você se porta como generalista de social media e o cliente percebe que você não é boa no design, ele tende a achar que você é ruim em tudo.
Se você se porta como especialista de redação e entrega bem essa parte, ele tende a achar que você é boa em tudo.
Essa percepção de valor implica diretamente em quanto o cliente está disposto em te remunerar.
No final das contas, tudo isso é um um vício de mercado e os culpados somos nós mesmos. Esse mercado é novo e é nosso papel educá-lo.
Pelo bem de todos nós, pare de se intitular como social media e diga que você faz ou trabalha com social media.
Clareza profissional
Tudo isso nos leva a uma conclusão inevitável: quem não tem clareza, aceita qualquer coisa.
Aceita briefing ruim, aceita job mal pago, aceita fazer o trabalho de três pessoas sozinho, e ainda se culpa quando não dá conta.
Clareza profissional não é sobre criar uma bio bonita ou fazer um portfólio “diferentão”. É sobre entender o seu papel, saber comunicar o seu valor e posicionar-se de forma estratégica no mercado.
É isso que diferencia quem faz social media de quem vive apagando incêndio.
O Social Media Thinking começa exatamente aqui: te ajuda a encontrar clareza sobre seu posicionamento, seu processo e sua proposta de valor. Depois, são mais de 50 aulas que te ajudam a organizar 100% do seu processo.
Porque quando você tem clareza, tudo muda: o cliente certo vem, o preço melhora, o trabalho flui. E a sua carreira começa, finalmente, a fazer sentido.





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