Storytelling nas redes sociais: como usar para engajar e converter
- Ana Carvalho RP
- 6 de mar.
- 4 min de leitura
Contar histórias pode aumentar em até 22 vezes a retenção de informações. Além disso, 95% das decisões de compra são baseadas na emoção, segundo a Harvard Business Review.
Isso significa que o storytelling não é apenas uma técnica criativa, mas uma ferramenta estratégica essencial para marcas que querem engajar e converter nas redes sociais.
No último Workshop de Planejamento, que foi maravilhoooooso, uma aluna pediu para eu falar mais sobre o assunto. Nesse post, eu vim pagar a promessa. E no final do texto, tem desconto exlusivo pra você. ;)
Muita gente associa storytelling apenas a grandes narrativas ou à famosa jornada do herói, mas no digital, ele se desdobra em diferentes formatos.
Pequenas histórias, fragmentadas em posts, vídeos curtos, interações ao vivo e dados bem apresentados, criam conexões reais com a audiência e impulsionam engajamento e vendas.
Sua marca é o guia
Donald Miller, no livro StoryBrand, propõe um olhar diferente sobre a jornada do herói (originalmente proposta por Joseph Campbell): o cliente é o verdadeiro herói, e a marca deve assumir o papel de guia.
Ele usa o exemplo do Yoda e Luke Skywalker: enquanto muitas empresas querem ser o protagonista da história, o papel mais poderoso é ser Yoda — aquele que orienta, ensina e fornece as ferramentas para que o herói (o cliente) alcance seu objetivo.
Esse insight é valioso porque, no digital, storytelling não precisa ser uma única grande narrativa épica.
Cada post, vídeo, interação ou campanha pode ser um microcapítulo dessa jornada maior.
Para começar, identifique:
✅ Herói → O cliente é o protagonista.
✅ Conflito → Mostre o problema que você resolve.
✅ Transformação → Destaque o impacto positivo da sua marca.
✅ Ação → Finalize com um convite claro.
✅ Formato → Adapte a história ao canal.
A jornada do herói serve como um guarda-chuva estratégico, que pode ser desdobrado em pequenas histórias dentro de diferentes formatos e canais.
Com isso entendido, agora descubra quais formatos fazem sentido para sua estratégia e como aplicá-los de forma eficaz.
Primeiro, vamos entender os formatos.
10 formatos para contar histórias nas redes sociais
Não sou fã de ficar trazendo termos em inglês, mas como estamos usando "Storytelling", seguimos assim:
Formato | O que é | Por que usar? | Exemplo |
Micro Storytelling | Histórias rápidas com conexão instantânea. | Gera engajamento rápido e atrai atenção instantânea. | Vídeos curtos, sequência de stories. |
Macro Storytelling | Construção de história contínua. | Cria uma identidade forte e fortalece a conexão com a audiência. | Vídeos longos, campanhas com episódios semanais. |
Story Doing | Envolve seguidores de forma ativa. | Aumenta a participação do público e a interação com a marca. | Desafios, hashtags colaborativas, enquetes. |
Data Storytelling | Usa dados para embasar a narrativa. | Dá credibilidade e reforça argumentos com dados concretos. | Conteúdos informativos, infográficos. |
Story Selling | Mostra como o produto resolve um problema real. | Cria provas sociais e influência a decisão de compra. | Depoimentos, estudos de caso e como usar o produto. |
Story List | Estrutura a narrativa em tópicos curtos e organizados. | Facilita o consumo do conteúdo e melhora a retenção da mensagem. | Carrosséis no Instagram e threads. |
Gamification | Torna a história interativa e aumenta o engajamento | Estimula a participação ativa do público, aumentando o engajamento. | Quizzes, desafios, enquetes,sorteios e prêmios. |
Collab Telling | Criada junto com influenciadores ou seguidores. | Expande o alcance da marca através de parcerias estratégicas. | UGC, collabs no instagram. |
Graphic Storytelling | Explica conceitos complexos de forma visual. | Simplifica temas complexos e melhora a compreensão do público. | Vídeos animados, motion, ilustrações. |
Streaming Telling | Contação de histórias ao vivo. | Gera autenticidade e aumenta a proximidade com a audiência. | Exemplos: Lives, bastidores, eventos. |
Você pode usar todos esses formatos para contar histórias nas redes sociais.
Agora, vamos entender qual formato usar, dependendo do momento da sua estratégia.
Como aplicar o Storytelling no funil
Cada formato de storytelling pode ser mais eficaz dependendo da etapa da jornada em que seu público se encontra.
Veja como alinhar os diferentes formatos de storytelling:
🧐 Topo do Funil (Descoberta e Consciência)
Objetivo: Atrair atenção e gerar curiosidade.
Microstorytelling → Histórias curtas que captam o interesse.
Data → Dados e fatos impactantes.
Graphic → Explicações visuais envolventes.
Exemplo: Vídeo curto começando com um dado intrigante sobre um problema comum do público.
🤔 Meio do Funil (Engajamento e Consideração)
Objetivo: Aprofundar o relacionamento e criar conexão.
Doing → Interação ativa com desafios e campanhas.
List → Conteúdos educativos organizados.
Exemplo: Carrossel no Instagram com “5 formas de melhorar sua rotina” e incentivar os seguidores a comentarem.
💰 Fundo do Funil (Conversão e Fidelização)
Objetivo: Gerar vendas e reter clientes.
Collab → Histórias colaborativas com seguidores e influenciadores.
Macrostorytelling → Construção de lealdade ao longo do tempo.
Exemplo: UGC dos usuários felizes com seu produto ou serviço.
Dá para usar formatos diferentes em momentos diferentes? Claro que dá! Mas esse insight pode te ajudar a destravar. :)
Obs: Se você quer saber mais sobre a jornada de conteúdo, falei com profundidade neste conteúdo aqui (com exercício gratuito para download).
O storytelling nas redes sociais não é apenas sobre criar uma grande história, mas sobre estruturar sua comunicação de forma estratégica, usando diferentes formatos para conectar, engajar e converter sua audiência.
Quando aplicado corretamente, ele fortalece a identidade da marca, gera identificação com o público e melhora os resultados de marketing.
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